M-18A Dromader
Nachoman-au, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
"O estudo foi elaborado em parceria com o Grupo Rara (que tem entre seus clientes o Senac, Sicredi e Santander, além de universidades e outras instituições). A partir do estudo (apresentado em março) sobre os custos em todos os Estados e nas principais lavouras atendidas pelo setor, partimos para os outros índices econômicos e chegamos ao denominador mais adequado à aviação no campo”, diz uma publicação no Facebook.
Thiago Magalhães, o presidente da entidade, o chamado Índice da Aviação Agrícola (IAVAG) leva em conta fatores como o preço dos combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a variação do dólar. O lançamento será no canal do YouTube da Sindag, com início às 11:00.
Segundo Júnior Oliveira, o secretário executivo do Sindag, a iniciativa faz parte de uma série de ações para facilitar a gestão das empresas do setor. Desde 2020, vários seminários econômicos têm sido feitos, e ainda uma pesquisa ampla sobre preços e custos das empresas aeroagrícolas em todos os Estados e nas operações em diversos tipos de lavouras.
Aviação agrícola terá um índice de inflação só seu
Divulgação/Facebook
Segundo o economista Cristian Foguesatto (do Grupo Rara e que ajudou a elaborar o IAVAG): “Algo que influenciou bastante foram os combustíveis. Nesse caso, analisamos a oscilação do petróleo (querosene de aviação e gasolina de aviação) e etanol no mercado”. Foguesatto aponta que a alta dos combustíveis nos últimos anos foi o principal fator que contribuiu para a inflação no setor. “Só nos combustíveis, o aumento foi de mais de 500% desde 2003”.
O presidente da Sindag, Thiago Magalhães Silva diz que, uma vez que o mercado de aviação agrícola no Brasil é o segundo maior do mundo, atrás apenas dos EUA, o objetivo é facilitar a vida dos operadores do setor e diminuir a margem de erro nas contas das empresas. “A gestão de custos dentro da aviação agrícola é muito difícil, sofrendo diretamente influência das variações da moeda americana e do petróleo, além do chamado custo Brasil. Uma mescla de índices que torna complicado estabelecer adequadamente os preços pelos serviços”, completa.
Magalhães apontou que os mesmos produtos aplicados com aviões podem ser aplicados em terra, mas a aviação tem vantagem, uma vez que necessita de menos insumos, eliminação do amassamento (pelas rodas de tratores) e, em última instância, maior produção sem avanço de área. Tudo isso favorece também a sustentabilidade ambiental da lavoura. “Porém, custos operacionais altos e tão diversos exigem muita atenção para se conseguir manter a ferramenta economicamente sustentável.”
Rafael Ramos
Entusiasta da aviação desde tenra idade, teve seus primeiros contatos com a área desenvolvendo aquele bom e velho vício de passar dezenas de horas na frente das telas do Micrsoft Flight Simulator e outros simuladores. Com sólida formação em várias áreas tecnológicas, inclusive engenharia e química, Rafael se reencontra com a aviação como editor e autor de artigos e matérias de nosso portal, prestando inestimável ajuda à dinâmica e expansão do site e à comunidade aeronáutica, trazendo-nos as notícias e atualizações tão indispensáveis para que nos mantenhamos correntes em nossa área de atuação.
   
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