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Aviação
Comercial
/ Europa
Afeta o A320 e o 737
Empresa do Reino Unido vende peças de motores com documentações falsificadas
Por: Rafael Ramos
Em 9/22/2023
CFM56 engine - the affected engine model are used on 737 and on A320
CC BY SA 4.0, via wikimedia commons
O fabricante de motores a jato CFM International, joint venture entre GE e Safran, disse na quarta-feira que milhares de componentes de motor podem ter sido vendidos com documentos falsificados por um distribuidor britânico, à medida que as consequências de uma investigação sobre peças falsamente certificadas chegam ao Tribunal Superior de Londres.
Segundo o advogado, Matthew Reeve, da CFM, disse que a AOG Technics havia se envolvido em um "esquema deliberado, desonesto e sofisticado para enganar o mercado com documentos falsificados em escala industrial".
As peças que estariam irregulares foram encontradas em motores CFM56, que equipam o Airbus A320 e o Boeing 737. A agência reguladora europeia ainda está investigando o que aconteceu.
A AOG não abordou a reivindicação subjacente de falsificação na audiência, que foi convocada para discutir questões procedimentais. A empresa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário em seu número principal, que foi para a espera e depois para o correio de voz.
Até agora, apenas uma fração dos 23.000 motores CFM56 existentes foi afetada. Na segunda-feira, o número de motores suspeitos de ter peças com documentos falsificados havia subido para 96.
Reeve disse em autos judiciais que a CFM e seus parceiros de motor têm "evidências documentais convincentes de que milhares de peças de motor a jato foram vendidas pela (AOG) para companhias aéreas que operam aeronaves comerciais equipadas com os motores a jato dos reclamantes".
"Potencialmente, isso significa entre 48 e 96 aeronaves sendo retiradas de serviço enquanto as companhias aéreas providenciam a remoção das peças", acrescentou Reeve.
Fontes da indústria disseram que a maioria das peças de reposição vendidas por distribuidores como a AOG envolve itens pequenos que não são feitos pelos próprios fabricantes de motores e não são considerados críticos.
Mesmo assim, o número de aviões que podem ter que ser retirados de serviço para verificações está se aproximando de 100 e os analistas dizem que qualquer interrupção no sistema rigidamente monitorado de controles que sustenta a segurança das viagens aéreas deve ser resolvido rapidamente.
Rafael Ramos
Entusiasta da aviação desde tenra idade, teve seus primeiros contatos com a área desenvolvendo aquele bom e velho vício de passar dezenas de horas na frente das telas do Micrsoft Flight Simulator e outros simuladores. Com sólida formação em várias áreas tecnológicas, inclusive engenharia e química, Rafael se reencontra com a aviação como editor e autor de artigos e matérias de nosso portal, prestando inestimável ajuda à dinâmica e expansão do site e à comunidade aeronáutica, trazendo-nos as notícias e atualizações tão indispensáveis para que nos mantenhamos correntes em nossa área de atuação.
   
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