SpaceX/Unsplash
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Meses de investigação
Estudo conclui que fragmento de foguete russo atingiu satélite chinês em março
Por: Gabriela Ramos
Em 8/24/2021
SpaceX/Unsplash
O satélite militar chinês Yunhai 1-02 lançado em 2019 rompeu-se em março deste ano, de acordo com o Controle Espacial dos EUA. O motivo do rompimento não havia sido descoberto até então: considerava-se que o sistema de propulsão poderia ter explodido ou o satélite poderia ter colidido com algum objeto em órbita.
Contudo, a investigação realizada pelo astrofísico e rastreador de satélite Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, revelou que, de fato, o rompimento do satélite chinês ocorreu devido a uma colisão com um pedaço de um foguete russo.
McDowell chegou a tal conclusão a partir de uma alteração realizada no catálogo do site Space-Track, realizada no último domingo, onde o objeto registrado como “48078, 1996-051Q” apresentava a frase “colidiu com um satélite”. McDowell afirma que nunca tinha visto este tipo de comentário.
O “48078” trata-se de um pedaço de um foguete russo Zenit-2 que em 1996 lançou ao espaço o Tselina-2, um satélite de espionagem eletrônica. Oito pedaços deste foguete já haviam sido rastreados entre 1997 e 2001.
Contudo, este pedaço é novo e só registra uma órbita datada de 16 de março. Presume-se, portanto, que a ausência de dados se deu porque o pedaço do foguete só foi identificado após uma colisão, que McDowell indica que tenha sido contra o satélite chinês (registrado no catálogo como 44547).
De acordo com os dados, o pedaço do foguete russo e o Yunhai passaram a apenas 1 km de distância entre si, que é o limite de precisão dos nossos sistemas de detecção, às 4h41 (horário de Brasília) do dia 18 de março: data e horário que batem com as informações de quando o satélite chinês se rompeu.
Gabriela Ramos
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