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Força Aérea da Bélgica não aceita os primeiros caças Lockheed Martin F-35A
Por: Rafael Ramos
Em 8/8/2023
Lockheed Martin F-35 Public Domain
A Bélgica está se juntando aos EUA ao não aceitar novas entregas dos mais recentes caças furtivos Lockheed Martin F-35, enquanto se aguarda a certificação de um computador de voo aprimorado e novo software. De acordo com o departamento militar belga, as duas primeiras aeronaves AY-01 e a AY-02 que estão sendo concluídas não atendem aos requisitos técnicos da modificação do Bloco 4
Acontece que, no contrato de compra, foi especificado que a aeronave seria entregue na versão mais moderna disponível. Atualmente, a última modificação é a versão Block 4, com a qual o F-35A deve receber grandes novidades.
O processador instalado da geração anterior, TR-2, é inferior ao TR-3. Agora está previsto que todo o trabalho na nova versão seja concluído no segundo trimestre de 2024.
O processador TR-2 é fabricado pela BAE Systems e é baseado na arquitetura PowerPC. É responsável pelo processamento de dados dos vários sensores do F-35, incluindo radar, sistema de mira eletro-óptica e sistema de guerra eletrônica.
O processador TR-3 é fabricado pela Lockheed Martin e é baseado na arquitetura ARM, com mais poder de processamento. É responsável pela execução do software de missão do F-35, que inclui controles de voo, sistemas de armas e sistemas de comunicação. O processador conta com maior clock, mais memória, além de um novo radar, um sistema de guerra eletrônica a capacidade de usar armas mais modernas, entre outras melhorias.
A Força Aérea Belga não aceitará caças F-35A até que sua atualização para a versão Block 4 com o processador TR3 seja concluída e até que o caça seja totalmente testado e certificado.
De acordo com um anúncio da Lockheed Martin, essas atualizações tornarão a aeronave furtiva mais resiliente às ameaças terrestres e aéreas, tanto em missões ofensivas quanto defensivas. Isso significa que o F-35 poderá executar tarefas mais complexas e responder mais rapidamente a situações de mudanças em combate.
O problema é que certificar o TR-3 e o incluir nos sistemas da aeronave vai levar mais tempo do que o previsto anteriormente. O processo deve ser concluído apenas no segundo trimestre de 2024.
Doug Birkey, do Instituto Mitchell de Estudos Aeroespaciais, afirmou que o atraso causará uma redução temporária na capacidade da Força Aérea. No entanto, ele também observou o gerenciamento de recursos do Comando de Combate Aéreo e sua confiança na resolução de problemas de software da Lockheed Martin.
Rafael Ramos
Entusiasta da aviação desde tenra idade, teve seus primeiros contatos com a área desenvolvendo aquele bom e velho vício de passar dezenas de horas na frente das telas do Micrsoft Flight Simulator e outros simuladores. Com sólida formação em várias áreas tecnológicas, inclusive engenharia e química, Rafael se reencontra com a aviação como editor e autor de artigos e matérias de nosso portal, prestando inestimável ajuda à dinâmica e expansão do site e à comunidade aeronáutica, trazendo-nos as notícias e atualizações tão indispensáveis para que nos mantenhamos correntes em nossa área de atuação.
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